quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

"Nunca pensei que sentiria amor quando voltasse a encarar seus olhos depois de tudo o que aconteceu. Na verdade, o que me levou a te procurar naquela tarde de abril foi a necessidade de lembrar aquilo que era inesquecível pra mim. Ninguém consegue deixar de lado uma parte de sua própria vida.
Eu tentei olhar no seu rosto e dizer que a morte era uma vaca que sempre acabava com tudo aquilo que as pessoas planejavam; eu tentei te dizer que estava tudo errado, que não existia nada que pudesse fazer o tempo voltar, mas que eu queria que ele estivesse ao meu lado. Eu tomaria coragem e lhe diria que não teria hesitado nenhuma vez se pudesse trocar de lugar com ele.
Eu queria alguém que chorasse comigo pela falta que ele fazia, eu queria alguém que pudesse arranhar a ferida mais e mais só pra ver o sangue escorrer. Não existia misericórdia e eu não estava ali para receber um olhar de pena ou consolo. Eu te procurei porque sabia que você preferia que eu estivesse morto, e que Fred continuasse ao seu lado.
Eu queria poder mudar o que acontecera. E num ato heroicamente estúpido, eu te procurei.
Mas nada do que eu imginara lhe dizer saiu da minha boca. Seus olhos negros não me acusaram de ocupar o lugar dele, suas palavras não foram hipócritas.
- Você demorou pra me procurar, George.
E você virou a cabeça devagar, segurando meu corpo dois palmos mais alto que o seu num abraço apertado.
- Eu sinto tanta falta dele, Angelina...
E como eu esperava, você não disse que era hora de bater a poeira e voltar a viver normalmente. Você não disse que a vida continua e que eu devia esquecer. Acho que você me entendia porque também sofria. Você também o amava e não poderia, jamais, pedir para que eu simplesmente continuasse como se nada tivesse acontecido. Você só me apertou com mais força, e eu senti uma gota quente cair no meu pescoço.
- Eu também, George."


Isto só saiu depois que baixei a nova edição do The Quibbler, no Aliança 3 Vassouras e vi esta imagem aqui.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Numa bolha que flutua por aí

O sono acaba mesmo com o cérebro de uma pessoa.

By the way, não lembro nada do que imaginei pra Tártaro ontem a noite antes de capotar sob o edredon.


Preciso avaliar minhas obsessões, tratar antes que virem casos crônicos. É bom arrumar outro ship, antes que o Sirius e o Remus resolvam cobrar algum salário.



Andei dando uma conferida nas capas das minhas fics e nas capas alheias. Contastei algo: acho melhor abandonar o minimalismo.



Nhá! Merlin cheira a bode, mas é certo no que faz: o interesse por fanfics só aumentou depois do lançamento de RdM.


Está é a última semana totalmente on-line. Depois dá pra carregar aerolitos por ali, mas ainda assim é férias.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Tártaro

Não tem nenhuma relação com o problema dentário.
Na verdade, este é o nome da minha fic inspirada em Cantarella.
Tártaro, o inferno de Hades onde as pessoas são castigadas por seus crimes. O nome surgiu ontem, enquanto eu olhava um dicionário esperando minha raiva passar. (vide post abaixo)

Dos medos

Tive meu primeiro distúrbio de pânico ontem a noite. Okay, não o primeiro, mas o único relacionado com as minhas fanfics. Pela primeira vez em um ano, eu cogitei o fato de perder todos os meus dados por ser tão dependente de um computador.
Meus arquivos guardados com todo o carinho possível no pc lá de casa estão em risco devido à uma manutenção na memória fantástica daquela máquina. Sem problemas, pensei enquanto pegava um dos meus disquetes salva-vida. Meu pânico beirou histeria quando coloquei o disquete no drive e o pc simplesmente desligou, levando à falencia múltipla dos órgãos (*cof*). O disquete não abria mais, perdi uma parte de Somnium que estava escrevendo e perdi uns arquivos de capas que estava bolando.
Quase surtei, mas Mammy teve uma atitude rápida e me afastou de lá antes que eu jogasse o cpu pela janela. Por toda a noite de ontem, eu nem sequer olhei pro monitor, nem pra dar uma espiadinha ou entrar na internet. Fiquei com muita raiva.
Mas meu medo só foi agravado por causa de um sonho besta que tive, onde todos os meus arquivos eram apagados e eu perdia a memória junto com a do computador. Sinistro, na minha opinião.
E hoje de manhã, meu chefe se vira pra mim e diz que colocará um substituta enquanto eu estiver de férias; pediu pra mim apagar meus arquivos pra que não desse nenhum problema depois.
Pronto. Bastou pro meu coração saltar pela boca... Apagar todos os meus arquivos quer dizer me livar das fics que eu escrevi, que eu estou escrevendo e que futuramente escreverei. Sem contar as betagens e coisas do gênero. Porque, sim, eu fico escrevendo no meu expediente de trabalho...
Só sei que tomei algumas medidas drásticas: salvar meus arquivos em 3 disquetes diferentes, mandar por e-mail pra meu prórpio e-mail alternativo e salvar as imagens no site.
Só espero que o mundo virtual não resolva se vingar do meu descaso e das minhas chacotas abolindo qualquer forma de salvamento do meu pseudo...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Inspiração japonesa


Fiquei gamada em um mangá que acabei de ler - pelo menos o primeiro volume e o sétimo. Cantarella é uma das coisas mais preciosas que já caiu nas minhas mãos durante essas férias.

A história de um amaldiçoado que precisa lutar contra seus próprios demônios (literalmente) conseguiu prender minha atenção totalmente.

Entrei no jogo e resolvi escrever uma fanfic ambientada naquela época. Não vai seguir a linha do mangá, mas foi inspirada nele.

Slash, Sirem, com capítulos alternados entre os dois, vai contar a história de um rico nobre inglês nos anos de 1475 que acaba se envolvendo e criando laços com um escravo trazido até as propriedades do seu pai.

Não preciso nem dizer quem é quem nesta história, não é?

Será narrada em primeira pessoa na parte do Sirius. Estou pensando em dedicar a narrativa dos capítulos do Remus em terceira pessoa, pra não confundir muito quem vai ler.

Preciso confessar que estou empolgada com a idéia, e consegui abandonar a preguiça por algumas horas e começar o primeira capítulo e um que será usado mais adiante.

Pretendo colocar a Tonks na fic, também, mas ainda não decidi isso.

Estou pensando num título e numa capa - na verdade vou "roubar" uma das páginas de Cantarella, colorir e adaptar. Sem nenhuma vergonha na cara, mas tudo bem.

Se alguém conseguir encontrar Cantarella, fica a dica de leitura.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Angst e Drama

Esta semana eu recebi um e-mail da querida Moony-Sensei que me fez pensar um pouco mais sobre gêneros de fanfics.
Eu sou uma leitora assídua de dramas. Gosto de algo que me emocione, que me comova. Sempre achei que algo que consiga mexer com os meus sentimentos é digno de uma leitura com calma e devoto do meu maior respeito.
Porém, analisando tudo o que li até agora, percebi que geralmente o drama está relacionado com uma ação, gira em torno de um ato.
Também analisei alguns materiais que li com a classificação angst, e percebi que há uma exposição de sentimentos pessoais, de dores, traumas, tragédias muito maior do que num drama. Numa angst, a análise psicológica, o monólogo, memórias póstumas, dão um ar mais sentimental, mais pesado. A verdade é que quando se entra em uma classificação angst, está-se sujeito a um infinito número de sensações.
Outra coisa que percebo quando leio alguma angst, é o tom deprimente. Sentimentos como dor, arrependimento e angústia conseguem tocar muito fundo. Enquanto em um drama você se comove, em uma angst você se deprime. Um dia cinzento de inverno.
Qualquer fic, se bem escrita, será aceita por quem lê. E às vezes nem importa o gênero.
O importante é não apelar e nem levar os gêneros como uma peneira que te impossibilite de conhecer novas coisas.