O tempo, este escroto, não se expande, não se infla. Fica aqui, deste jeito de sempre: nem estático nem móvel. Simplesmente está.
E ele me consome; e ele me sufoca.
Mordi mais uma vez o mesmo biscoito. Olhei, suspirei. Bebi a xícara de chá que estava sobre a mesa. Olhei pra fora. Olhei pras minhas mãos.
Será que o mundo não pode acabar agora?
Repeti isso por longos treze anos, até que meus pedidos foram atendidos.
Os meus olhos não procuram por nada. Talvez as pedras que revistam as construções se aproximam daquilo que eles desejam encontrar.
Tudo reflete aquele cinzento vazio. Aquela cor que um dia me pareceu tão linda e brilhosa, hoje não me parece mais nada.
E eu sinto o sopro de melancolia.
Eu queria estar morto.
Quem sabe assim eu pudesse estar contigo.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Caráter Provisório
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Um comentário:
Como às vezes machuca, né?! Quer dizer, ele a amou sempre - mesmo com tudo o que aconteceu - e se converteu por ela. É tocante e lindo do jeito que foi. Quase um Romeo e Julieta sem família.
É, com certeza ele queria ter morrido junto - para estar sempre com ela.
Espero por isso, Morgana ^^
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