segunda-feira, 10 de março de 2008

- Eu estou ficando louca! - ela atirou a escova de cabelos na direção do espelho oval que ocupava grande parte da sua penteadeira.
Com um estrondo agudo, o espelho se partiu em pedaços. Ginevra encarou seus próprios olhos refletidos naquela superfície lisa, e se amaldiçoou por não ter coragem de acabar com tudo de uma vez por todas.
Seus dedos pálidos pegaram um daqueles pedaços, e tocaram uma das pontas até que a pele fosse perfurada. Ela sentiu uma pequena fisgada de dor e vislumbrou uma pequena gota rubra escorrer pela a base da mão.
Ela se sentia em pedaços. Ele havia deixado sua alma estilhaçada, salpicada de sangue. A culpa de todos os seus infortúnios se devia a um nome somente.
E aquele nome não parava de percorrer seus lábios. Era o que seu corpo queria. Ele era a sua condenação. E ela sussurou mais uma vez entre as lágrimas que começavam a escorrer:
- Draco.

Um comentário:

Noah Black disse...

Mais um trecho de "A Cachola de Sam".
Apesar de não entender como um Draco Mlafoy e uma Ginevra Weasley possam gostar um dos outro (mesmo que parece alguma espécie de versão de Romeo e Julieta), de eu acreditar que eles não combinam e que seria meio muito estranho caso os dois terminassem juntos... bem, eu não sei - de verdade. Mas, às vezes, o que escrevem sobre eles aparenta plausível, sabe. E esse trechinho tem a essência desse grotesco - lindo.
Parabéns, Morgana.